A cortiça é retirada do tronco do Sobreiro a cada nove anos, sem danificar a árvore. As maiores áreas de floresta de sobro (montado) existem em países do Mediterrâneo Ocidental: Portugal, Espanha, Itália, França, Marrocos, Tunísia e Argélia.

A cortiça pode ser comprimida até metade do seu tamanho sem perder flexibilidade. Depois, retoma a sua forma original. Isso deve-se à sua extraordinária “memória elástica”.

As células foram descobertas em 1665 por Robert Hooke. Ao observar num microscópio rudimentar um pedaço de cortiça, este cientista inglês verificou que aquela era composta por cavidades poliédricas, às quais chamou células (do latim cellula, quarto pequeno).

Leveza
A cortiça é uma matéria-prima muito leve, pesa apenas 0,16 gramas por centímetro cúbico, e flutua.

Flexibilidade/compressibilidade
Cada rolha de cortiça é composta por cerca de 800 milhões de células estanques. Entre elas existe uma mistura gasosa que permite a compressão até cerca de metade da sua largura, sem perda de flexibilidade, e a descompressão e regresso à forma original. É o que se chama memória elástica. A cortiça é o único sólido que ao ser comprimido num dos lados não aumenta de volume no outro. Esta particularidade permite-lhe adaptar-se a variações de temperatura e pressão sem comprometer a sua integridade enquanto vedante.

Impermeabilidade
Graças à suberina e aos ceroides, é praticamente impermeável a líquidos e a gases.

Imputrescibilidade
A cortiça é altamente resistente à humidade, logo também à consequente oxidação e apodrecimento.

Isolamento
A cortiça é um excelente isolador térmico, acústico e vibrático. Quando transformada em rolhas, as suas propriedades isolantes contribuem para que seja a melhor proteção do vinho e bebidas espirituosas contra variações de temperatura ou contaminação e contra possíveis efeitos negativos das condições de armazenamento e transporte.

Na construção, comporta vantagens evidentes no plano da qualidade dos edifícios, do ar interior e do conforto, podendo ser utilizada na impermeabilização de infraestruturas, fundações e subpavimentos, em isolamento acústico e térmico e no revestimento final de solos, paredes, tetos, fachadas e coberturas.  

Biodegradável, reciclável e renovável
A cortiça é uma matéria-prima natural, 100% biodegradável, reciclável e renovável.

A cortiça é composta por células de suberina com a forma de um minúsculo prisma pentagonal ou hexagonal, um ácido gordo complexo e preenchida com um gás semelhante ao ar, que ocupa cerca de 90% do seu volume. Possui uma massa volúmica média de cerca de 200 kg/m3 e uma baixa condutividade térmica.

Não necessariamente. O genoma do Quercus suber L é o mesmo, pelo que não existem diferenças significativas consoante a origem. No entanto, observam-se diferenças individuais de árvore para árvore.

Sim. Na Corticeira Amorim, mais de 60% das necessidades energéticas são asseguradas pelo pó de cortiça (biomassa), uma fonte de energia neutra em termos de emissões de CO2.

Pela sua leveza e capacidade de isolamento acústico e térmico, a cortiça também é utilizada nas turbinas eólicas.

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